Arritmia Cardíaca

Arritmia Cardíaca

O que é?

As arritmias cardíacas rápidas (taquiarritmias) que se originam nos ventrículos são as mais perigosas e podem levar à morte súbita. A fibrilação ventricular é caracterizada por batimentos cardíacos rápidos, irregulares e não coordenados, com isto o coração não é capaz de bombear sangue para o cérebro e outros órgãos. É a principal causa de morte súbita de origem cardíaca. Sem o tratamento imediato com choque elétrico para recuperar o ritmo normal, o paciente perde a consciência e morre em alguns minutos.

Semelhante a um marcapasso o desfibrilador pode ser implantado no paciente com o objetivo de prevenir a morte súbita. Os casos de indicação
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Semelhante a um marcapasso o desfibrilador pode ser implantado no paciente com o objetivo de prevenir a morte súbita. Os casos de indicação mais frequente sã

 – Pacientes que tiveram parada cardíaca e foram reanimados com sucesso;
– Arritmias ventriculars (taquicardia ou fibrilação ventricular) detectadas por exames;
– Algumas doenças congênitas com maior chance de morte súbita;
– Fração de ejeção (uma medida de força de contração do coração) menor do que 35%.

O coração é responsável pelo bombeamento do sangue para todo o corpo. Isto é necessário para que todos os órgãos e tecidos sejam abastecidos com o oxigênio que precisam para funcionarem. Para o sangue ser bombeado, o coração depende de impulsos elétricos que são percorridos dos átrios para os ventrículos. O estímulo tem origem no nó sinusal na parte alta do átrio direito, chega até a junção entre os átrios e os ventrículos (nó AV) e, a partir daí vai até os ventrículos. Através destes pequenos estímulos o coração normal se contrai com uma frequência boa e com sincronismo adequado.

Figura: Impulsos elétricos do coração.
Figura: Impulsos elétricos do coração.

Quando há um defeito neste sistema elétrico uma parte ou mesmo todo o coração pode ter uma frequência mais baixa que o normal. Isto é chamado de bradicardia. Com batimentos lentos o paciente pode sentir tonturas, desmaio, fraqueza, falta de ar e cansaço. Há uma redução da circulação de todo o corpo e o cérebro é o órgão mais sensível. Muitos pacientes com este problema não sentem nada e a descoberta se dá por acaso. Também pode haver uma aceleração (taquicardia) dos batimentos cardíacos em algumas doenças.

Como o problema está localizado na “fiação elétrica” ele pode ser resolvido pela colocação de um marcapasso cardíaco. O marcapasso é um sistema de estimulação que compreende um gerador de pulsos elétricos e um ou dois eletrodos. O gerador, que é o cérebro do sistema, consiste em um circuito eletrônico miniaturizado e em uma bateria compacta. Os eletrodos são finos fios cujo objetivo é conduzir os estímulos elétricos emanados pelo gerador até o coração.

Figura: Marcapasso cardíaco.
Figura: Marcapasso cardíaco.

Implante de Marcapasso

A evolução tecnológica foi fantástica nas últimas décadas. O implante de marcapasso, hoje em dia, é um procedimento rápido e seguro. O procedimento dura, em média, uma hora. Na maior parte dos casos é utilizada anestesia local abaixo da clavícula direita ou esquerda. Sedação é utilizada em alguns casos junto com a anestesia local. Os eletrodos são cuidadosamente introduzidos através de uma veia até o coração. Um monitor de raios-x é utilizado para controlar a posição correta dos eletrodos dentro do átrio direito e do ventrículo direito. Neste momento são feitos vários testes elétricos para confirmar o local ideal dos eletrodos. O marcapasso é implantado debaixo da pele, no peito, perto da clavícula, onde é conectado com os eletrodos. Finalmente, o pequeno corte é fechado com alguns pontos, não sendo necessário a retirada destes. O tempo médio de internação é de 2 a 3 dias.

Figura: Marcapasso cardíaco implantado
Figura: Marcapasso cardíaco implantado

Marcapasso Multissítio ou Ressincronização Cardíaca

O marcapasso multissítio é um tipo especial de marcapasso que tem o objetivo de melhorar a dinâmica da contração do coração em alguns casos de insuficiência cardíaca grave. Nestes casos o coração fica grande e fraco, com alterações no sistema elétrico, prejudicando o bombeamento de sangue.

Os pacientes que podem se beneficiar deste tratamento são:

 

– Pacientes com sintomas de insuficiência cardíaca apesar da medicação (falta de ar, cansaço, fraqueza, inchume das pernas e da barriga,
perda de apetite e depressão);
– Músculo cardíaco fraco e aumentado;
– Um retardo na condução do sistema elétrico dos átrios para os ventrículos.

 

Alguns candidatos a este procedimento também tem um risco maior de morte súbita e necessitam ser incorporados no mesmo aparelho de um desfibrilador implantável. Este equipamento permite a identificação e tratamento de arritmias graves, precursoras da morte súbita. Também detecta a taquicardia e fibrilação ventricular (um tipo de parada cardíaca) e aplica um choque elétrico para revertê-la.

Cuidados Pós-operatórios

Logo após o procedimento recomenda-se que o paciente não levante muito o braço do lado do implante. Isto deve ser observado nas primeiras duas semanas para evitar possível deslocamento de eletrodo. Após este período há uma cicatrização do eletrodo no coração, este fica fixo e não há mais risco de deslocamento. Caminhar é bom e aconselhável desde o hospital.

 

Após a alta hospitalar uma visita médica deve ser feita dentro de 2 semanas. As revisões do marcapasso devem ser feitas de 6 em 6 meses.

 

Toda a reprogramação será feita através de um programador externo, aparelho colocado sobre a pele, sem necessidade de mais intervenções cirúrgicas. Este programador nos permite obter informações sobre a atividade do coração e funcionamento de marcapasso que ficam armazenadas na memória do gerador. Qualquer evento (arritmia) também é registrado. Com estas avaliações podemos alterar a programação do marcapasso com o objetivo de prolongar a duração da bateria e adequar os seus recursos para cada paciente. O analisador/programador também nos informa a carga da bateria e indica com antecedência quando devemos trocá-la.

 

A presença do marcapasso não é sentida. Os estímulos elétricos são bem fracos e imperceptíveis pelo paciente.

 

Em cada consulta, o funcionamento adequado da bateria do seu marcapasso será testado.

 

Regra geral, você estará apto a viver uma vida completamente normal após o implante.

 

Além destas revisões deve permanecer em acompanhamento com seu médico cardiologista.

 

Cuidados em relação ao marcapasso: Após o implante do marcapasso os pacientes terão uma vida normal, guardadas determinadas limitações específicas individuais. Após duas a três semanas o exercício físico está liberado.

 

Telefones celulares: Procure usar o telefone celular no ouvido oposto ao lado onde foi colocado o marcapasso. Evite guardar o aparelho no bolso da camisa ou casaco próximo ao marcapasso.

 

Aparelhos elétricos e microondas: Desde que funcionando adequadamente podem ser usados sem problema. Evitar choque elétrico.

 

Detector de metais em bancos e aeroportos: Os aparelhos modernos vem equipados com um excelente sistema de segurança contra interferências externas. No entanto a exposição prolongada a locais com detectores de metais com sistema eletrônico de segurança deve ser evitada. O ideal é mostrar a carteira do marcapasso e passar por fora do detector, até porque ele vai apitar ao detectar o marcapasso.

 

Evitar: Esportes violentos com muito contato físico e Ressonância Nuclear Magnética (Exame que envolve campo magnético potente para gerar
imagens do corpo pode danificar o aparelho). Avise o médico que você é portador de marcapasso se o exame for solicitado.

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