Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

> Aneurisma X Dissecção de Aorta

Pergunta: Meu pai foi submetido a uma delicada cirurgia por “dissecção aguda da aorta”. Isto é o mesmo que aneurisma? Quais os cuidados futuros que deveremos ter?

 

Resposta: Aneurisma é uma dilatação progressiva da artéria aorta, que em geral se estabelece ao longo de vários anos, na porção abdominal da aorta na maioria dos casos, e que, uma vez atingindo um determinado diâmetro (largura), tem o risco de romper, e causar uma hemorragia interna.

 

Dissecção aguda da aorta, por sua vez, caracteriza-se por uma situação em que uma aorta até então normal, ou pouco dilatada, sofre uma “rasgadura”espontânea e súbita de seu revestimento interno, enfraquecendo significativamente as suas paredes , e tornando a artéria suscetível à ruptura ao nível do tórax . Geralmente, a dissecção aórtica determina um quadro dramático de dor no peito ou nas costas, que pode levar à morte em questão de horas, e que sempre envolve cirurgias complexas e de alto risco para a sua correção.

Uma vez vencidos os riscos operatórios, o paciente com dissecção da aorta pode levar uma vida normal, desde que sob rigoroso acompanhamento ambulatorial de um cardiologista, para o controle dos fatores de risco cardiovascular , principalmente da hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), que é o principal determinante de recorrência da doença.

> Revascularização do Miocárdio

Pergunta: Tive um infarto há 2 meses, e necessito realizar uma cirurgia de pontes de safena. Pesquisando na Internet, li sobre uma técnica de cirurgia dita “menos invasiva”, que teria vantagens em relação à cirurgia convencional. Isto é verdade?

 

Resposta: A cirurgia de revascularização miocárdica, conhecida como “pontes de safena” ou “pontes de mamária”, é um método mundialmente consagrado para o tratamento da angina e do infarto do miocárdio.

 

A cirurgia convencional, desenvolvida e aplicada por mais de 30 anos, consiste na parada do coração, mediante ao uso de uma máquina de circulação artificial (chamada de circulação extra-corpórea ), que mantém a pressão e a oxigenação do sangue, enquanto o cirurgião confecciona os enxertos (pontes) nas coronárias obstruídas.

 

As técnicas de cirurgia menos invasiva baseiam-se na não utilização da máquina de circulação extra-corpórea, o que determina que o cirurgião confeccione os enxertos (pontes) com o coração batendo. Esta abordagem, nascida inicialmente nos anos 80, e revivida ao final dos anos 90, em função do aprimoramento do instrumental que “imobiliza” o coração, propõe vantagens em relação à cirurgia clássica, como menor sangramento, menor necessidade de transfusão, menor ocorrência de danos cerebrais, e menor tempo de recuperação.

 

Em ambas as situações, nas cirurgias consideradas eletivas, pode-se obter uma taxa de sucesso superior a 95% no alívio dos sintomas, com um risco de vida inferior a 3%, incluindo a cirurgia e o período operatório.

 

Na verdade, não existem evidências claras de superioridade de nenhum dos dois métodos, devendo a decisão sobre qual tipo de cirurgia, basear-se em fatores como experiência do grupo cirúrgico com as técnicas, idade do paciente, número de enxertos (pontes) necessários, localização das obstruções coronárias, entre outros.

> Durabilidade do Marcapassos

Pergunta: Sou portador de marca-passo cardíaco há 2 anos, e quero saber quanto tempo ele funcionará ? Existe o risco de ter de trocá-lo?

 

Resposta: Todos os sistemas de marca-passos cardíacos são dotados de um gerador de estímulo elétrico, dentro do qual encontra-se a bateria que alimenta o seu funcionamento. A durabilidade desta bateria depende do tipo de marca-passo, do modo de uso (se contínuo ou se ativado eventualmente), do grau de energia necessário para estimular o músculo cardíaco em cada paciente, do número de locais de estimulação (número de cabos), e do posicionamento dos mesmos no coração.

 

De modo geral, os modelos de marca-passo atualmente disponíveis permitem estimar uma durabilidade em torno de 15 anos, sendo necessária, no caso de problemas com a bateria, a troca apenas do gerador, e não de todo o sistema, o que simplifica o procedimento.

 

Vale lembrar que o acompanhamento periódico com o cardiologista, permitirá a detecção precoce de uma eventual fadiga do gerador, e o planejamento eletivo da troca, sem que haja exposição do paciente a situações de gravidade, ou a riscos de desenvolver arritmia cardíaca.

> Marcapasso e Detectores de Metal

Pergunta: Sou portador de marca-passo, e fico apreensivo ao passar por portas de banco, com medo de interferências. Isto é procedente?

 

Resposta: Os marcapassos cardíacos são dispositivos que regulam o ritmo do coração a partir de um estímulo elétrico, e teoricamente podem ser suscetíveis a interferências da corrente eletromagnética, ou mesmo de vibrações mecânicas.

 

No caso das portas com detectores de metal, como as existentes em bancos ou aeroportos, dependendo do tipo de marca-passo, do modo de estimulação, da distância e do tempo de exposição ao campo eletromagnético, interferências fugazes e assintomáticas podem ocorrer. Na prática, este tipo de interferência não provoca riscos, pois o tempo de permanência nesses locais costuma ser curto.

 

De qualquer modo, vale a recomendação aos portadores de marca-passo, que permaneçam o menor tempo possível dentro destes ambientes, devendo ultrapassa-los rapidamente.

> Aneurismas Cardíacos

Pergunta: O que é aneurisma ventricular , e qual o seu tratamento?

 

Resposta: O coração é formado por fibras musculares, que têm a função de contração e de relaxamento, responsáveis pelo bombeamento do sangue ao organismo. Aneurismas ventriculares são áreas localizadas de dilatação do músculo cardíaco, que não se contraem de forma adequada, como o restante do órgão. Em geral resultantes de cicatrizes de infartos antigos, os aneurismas podem trazer complicações graves, como insuficiência cardíaca, arritmias, ou desprendimento de coágulos capazes de obstruir a circulação. De maneira geral, o tratamento indicado é a correção pela cirurgia cardíaca, na qual frequentemente associa-se o implante de pontes de safena ou de mamária, concomitantemente.

> Insuficiência Coronária

Pergunta: Devido à piora de uma angina de peito que já tenho há anos, fiz um cateterismo cardíaco, meu cardiologista disse que necessito de uma cirurgia de “ponte de safena”. Quais os riscos de eu fazer ou não este procedimento?

 

Resposta: Dentre as várias formas de tratamento da doença coronariana, a revascularização do miocárdio, popularmente conhecida como “ponte de safena” é indicada quando o tratamento com medicação não é suficiente para controlar a angina de peito, e para afastar o risco de infarto do miocárdio.

 

Quanto as obstruções coronárias atingem uma ou duas artérias, pode ser tentada ainda a técnica de angioplastia, que consiste na dilatação das lesões pela introdução de um cateter pela virilha ou pelo braço.

 

Entretanto, quando as obstruções são múltiplas ou mais complexas, é indicada a cirurgia convencional, na qual são utilizadas pontes de mamária e veias safena associadas.

 

Quanto bem indicada, a cirurgia de revascularização cardíaca pode ser realizada com baixo risco (menos de 5%), promovendo alívio da angina e melhora da qualidade de vida do paciente, com benefícios superiores aos obtidos com o tratamento somente medicamentoso.

> Cirurgias de Ponte de Safena

Pergunta: Fui submetido a uma cirurgia cardíaca para coronárias há 6 anos, e, embora não sinta nada, li que existe possibilidade de eu ter de refazer o procedimento Isso é verdade?

 

Resposta: A cirurgia de revascularização do miocárdio (“ponte de safena”) é um procedimento consagrado no tratamento da doença coronariana grave, no sentido de promover melhora da qualidade de vida, e diminuir os riscos de complicações como infarto do miocárdio.

 

A técnica consiste em promover o desvio do sangue dos entupimentos coronários, através da confecção de “pontes”, que utilizam vasos sangüìneos do próprio organismo, como a artéria mamária e a veia safena.

É atualmente um procedimento seguro, que, quando bem indicado, apresenta baixo risco de complicações graves.

 

A manutenção do benefício obtido com a cirurgia, a longo prazo, dependerá do tipo de ponte utilizada, e da adesão do paciente ao controle clínico de sua doença, através da correção dos fatores de risco cardiovascular, e do acompanhamento periódico com seu cardiologista.

 

Além destes fatores, está claro hoje que a artéria mamária possui o dobro do tempo de funcionamento da veia safena, nas mesmas condições, motivo pelo qual se preconiza utilização de pelo menos uma “ponte”de artéria mamária , como rotina desta cirurgia.

> Troca de Válvula Cardíaca

Pergunta: Meu pai está com uma “válvula cardíaca entupida”, e seu médico nos explicou que é preciso uma cirurgia para corrigir o problema. Pergunto: é possível aproveitar a mesma válvula ou é necessário trocá-la?

 

Resposta: As doenças que atingem as válvulas do coração podem ser de origem congênita, ou serem determinadas por causas inflamatórias ou degenerativas.

 

Independente da causa, quando uma válvula cardíaca é lesada, pode ocorrer dilatação progressiva do coração, determinando um quadro de insuficiência cardíaca, que ameaça a vida. Nesta circunstância, a cirurgia torna-se a única forma de reversão para o problema.

 

O tratamento cirúrgico sempre visa recuperar a válvula do próprio paciente, através de uma “plástica”, o que é possível em boa parte dos casos, sobretudo na válvula mitral. Entretanto, com freqüência é necessária a substituição da válvula por uma prótese, o que poderá exigir do paciente alguns cuidados a longo prazo, como o uso de anticoagulantes em comprimidos.

 

Felizmente, os resultados atuais com as próteses valvulares, no que tange à eficácia e à durabilidade, podem ser consideradas excelentes, principalmente naqueles pacientes que seguem o acompanhamento com seu cardiologista.

> Aneurisma de Aorta X Risco de Ruptura

Pergunta: Tenho um aneurisma da artéria aorta há anos, que vem sendo observado pelo meu cardiologista, através de exames periódicos. Esta é uma estratégia segura para mim? Qual a chance de ele romper e determinar uma hemorragia?

 

Resposta: Aneurismas são dilatações localizadas na artéria aorta, causados pelo enfraquecimento da parede deste vaso.

 

A necessidade de intervenção em casos de aneurisma é definida pela presença de sintomas (dor, por exemplo), ou pelo seu maior diâmetro (largura), cuja dimensão pode predizer com segurança o risco de ruptura ou hemorragia.

 

Aneurismas da aorta assintomáticos, ou com o diâmetro inferior a 5 cm, têm um risco de ruptura muito baixo (inferior a 3% ao ano), que é significativamente menor que o risco da operação. Nesta situação, a melhor abordagem é a observação, associada ao controle dos fatores de risco para ruptura (principalmente a hipertensão arterial), o que muitas vezes promove a estabilização do quadro, evitando a cirurgia. Esta estratégia é bastante segura, desde que o paciente seja regularmente acompanhado por seu cardiologista, para “vigiar” o crescimento da dilatação.

 

Entretanto, se o diâmetro do aneurisma exceder a 5 cm, ou se o paciente tiver sintomas, o risco de ruptura eleva-se, e a cirurgia deve ser considerada como a melhor opção terapêutica.

> Aneurisma de Aorta: Cirurgias X Stents

Pergunta: Necessito realizar um procedimento para corrigir um aneurisma abdominal, e me deram as opções de cirurgia com corte, ou colocação de prótese através de um cateter. Quais os prós e os contras de cada tratamento?

 

Resposta: No tratamento dos aneurismas abdominais pode-se afirmar que a cirurgia convencional (aberta) é ainda o método preferencial. Quando realizado eletivamente, este procedimento tem baixa mortalidade (inferior a 6%) e um ótimo resultado a longo prazo, podendo-se caracterizá-lo. Essa afirmativa é respaldada na acumulada experiência mundial ao longo de 40 anos, associada a
os avanços da técnica e dos materiais empregados.

 

O desenvolvimento de endoproteses (“stents”), que constituem em próteses metálicas introduzidas por um cateter, via inguinal, adicionou uma nova opção de tratamento dos aneurismas. Atualmente, esta técnica pode ser recomendada em casos de alto risco cirúrgico, e de características anatômicas favoráveis.

 

Em última análise, a escolha da abordagem (stent ou cirurgia) deve ser individualizada, pesando-se risco cirúrgico, expectativa de vida, possibilidade de implante por cateter, experiência do grupo cirúrgico com as técnicas, e custos de cada procedimento.

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